Paralisia do Sono

Na cultura japonesa existe o conceito de atado ao metal para descrever a paralisia do sono. Este conceito descreve a imobilidade física que acontece durante um episódio deste distúrbio do sono. A vítima sente-se presa ou colada à cama, como se o seu corpo e a cama se tornassem um só. Este sintoma é o mais relatado pelas pessoas que sofrem de paralisia do sono, e é também o mais lógico. A imobilidade física é encarada como um peso no peito, como se alguém ou alguma coisa nos empurrasse contra a cama. Subitamente sentimos como se o nosso corpo pesasse toneladas. Mas esta é uma sensação normal, deve-se à imobilidade muscular. Quando isto me acontece sei que a paralisia do sono está instalada. Nesses momentos consigo manter a calma, dada a enorme experiência que tenho com este distúrbio do sono. Sentir esse peso no peito e manter a calma é um importante passo para dominar o medo da paralisia do sono. Se a pessoa afetada souber ultrapassar esse medo, consegue ter um sonho lúcido. Bast

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Quem sofre de paralisia do sono sabe que as alucinações visuais e auditivas que acompanham geralmente este distúrbio do sono são realmente assustadoras. As alucinações mais relatadas são a sensação de que alguém está sentado em cima do nosso peito, a presença de um vulto preto junto ao local onde dormimos, gritos ou risos que escutamos e a sensação de morte eminente. Estas alucinações e outros que podemos experimentar durante um episódio de paralisia do sono são isso mesmo: simples alucinações. Fazem parte do processo da paralisia do sono, são o resultado de elementos oníricos que se introduzem no estado de vigília. Temos a tendência de lhes dar muita importância, e esse é talvez o nosso maior erro. Os monges tibetanos induzem a paralisia do sono há muitos séculos, exatamente para provocar essas alucinações e permanecerem calmos durante as mesmas. Observar ou escutar essas alucinações e permanecer sereno é a chave para vencer o terror da paralisia do sono. Os monges aumentam a sua

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A paralisia do sono é uma imobilidade muscular que ocorre naturalmente quando o cérebro se encontra no estado REM (sonhos) durante o sono. É a forma que o corpo tem de evitar a representação física dos sonhos. Por exemplo, sem a paralisia do sono você correria fisicamente quando estivesse a sonhar que corre. Quando o cérebro entra nos sonhos liberta no organismo uma substância química (melatonina) que provoca uma completa atonia muscular, exceto nos músculos relacionados com a respiração. Quando o cérebro sai do estado REM os músculos, completamente relaxados nesse estado, voltam a estar operacionais. Ocasionalmente ocorre uma anomalia nesse processo, que é aquilo que conhecemos como o distúrbio da paralisia do sono.

Os principais sintomas da paralisia do sono são imobilidade muscular imediatamente antes de adormecer ou logo após acordar, alucinações visuais ou auditivas, sensação de terror absoluto e um peso no peito. A paralisia do sono pode ser um sintoma de outro distúrbio do sono (como a narcolepsia), pode ter origens genéticas (familiares) ou pode ser apenas uma consequência de stress e ansiedade (caso isolado).

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