Paralisia do Sono na Europa do século XIX

Na Europa do século XIX, os caprichos da dieta eram apontados como os responsáveis pela paralisia do sono. Por exemplo, Charles Dickens, em "A Christmas Carol", atribui o fantasma que uma personagem do romance vê a "... um pouco indigesto de carne bovina, uma mancha de mostarda, uma migalha de queijo, um fragmento de uma batata mal-passada". Apesar de parecer cómico, este ponto de vista é válido: se o cérebro estiver ocupado com a digestão... o sono não corre muito bem. É por isso que não se deve comer antes de ir para a cama.

Na mesma linha, a "Household Cyclopedia" (1881) oferece os seguintes conselhos para se evitar a paralisia do sono - apelidada no texto de «pesadelo» ou «doença»: "Grande atenção deve ser dada à rotina e escolha de dieta. Intemperança de toda a espécie é prejudicial, mas nada é mais produtivo desta doença do que beber vinho ruim. As comidas mais prejudiciais são todas as carnes gordas e os doces. O exercício moderado contribui em grau superior para promover a digestão dos alimentos e evitar flatulência, mas, por outro lado, quanto aos que estão necessariamente confinados a uma ocupação sedentária, deve-se principalmente evitar a aplicação de estudo ou de trabalho corporal imediatamente depois de comer. Ir para a cama antes da hora habitual é causa frequente dos pesadelos, como as ocasiões em que o paciente dorme muito. Passar uma noite inteira, ou parte de uma noite, sem descanso também dá à luz a doença, uma vez que nessas ocasiões o paciente, na noite seguinte, dorme muito profundamente. O sono muito tarde pela manhã, é um método quase certo de trazer a doença, e quanto mais frequentemente ela retorna, maior força adquire; a propensão para dormir neste momento é quase irresistível".

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